JANUARY 6TH, 2014 FEATURES
Mozambique is due this year to become an oil producing country and significant progress is also expected to be made in natural gas and coal production, according to the Economist Intelligence Unit.
A small oil discovery next to the Temane gas field, in Inhambane province (south), will allow South African petrochemical company Sasol to launch oil production this year, said the EIU’s latest report on the Mozambican economy, to which Macauhub had access.
“The oil field is the first to produce oil commercially in Mozambique, where so far there have only been viable natural gas discoveries,” the report said.
The project will produce around 2,000 barrels of oil per day, which is a small amount commercially-speaking, but makes it possible to “diversify Mozambique’s export base,” it noted.
As well as this, Sasol’s representatives have already said that oil reserve estimates may be increased, as exploration activities are already underway in the area.
According to the Oil and Gas Journal, Mozambique has around 4.5 trillion cubic feet of proven natural gas reserves, but until the beginning of last year had no oil reserves at all.
The country has extensive onshore and offshore sedimentary basins containing natural gas, most of which has yet to be explored, as well as significant coal reserves, which are considered to be the biggest in the world.
William Telfer, an oil and gas specialist told DW Africa that the discovery “is very viable” and that 100 similar wells were the equivalent of Angola and Nigeria’s production.
“It’s not small, it’s very good. And we are soon going to hear about new discoveries that will increase the amount of wells,” said the specialist.
“Gross domestic product will increase. We have an excellent Finance minister and excellent deputy minister. A very strong staff. Mozambique is prepared to start exploring large quantities of oil,” he said.
Despite the announcement, the Economist kept its estimates for economic and export growth in the 2014-2018 period unchanged, as they already take into account substantial investments in the extractive industries and greater weight of exports.
Along with this Sasol is increasing production as its gas fields in Pande and Temane which is “welcome news for the nascent Mozambican energy sector,” and a “sign of confidence,” from an important foreign investors at a time that is sensitive in terms of both politics and security.
Sasol is investing in a number of areas, including increasing the capacity of its gas pipeline to South Africa (US$184 million) and a gas-fired power plant at the Ressano Garcia border (US$246 million).
The EIU for this year points to growth of the Mozambican economy of 6.5 percent, rising to 7.3 percent this year and 7.6 percent in 2015.
The industrial sector is expected to make the biggest contribution to economic growth over the next two years: 9 percent growth in 2014 and 14 percent in 2015. (macauhub)
As redes de transportes transnacionais, atravessando países como Angola e Moçambique, deverão ser as principais beneficiárias do investimento de 1 bilião de dólares liderado pela China em África nos próximos 12 anos.
“Temos muito dinheiro para aplicar”, afirmou no final do ano passado o quadro superior do Banco de Exportações e Importações (ExIm) da China, Zhao Changhui, na Cimeira de Investimento Africano (Hong Kong), de onde saiu o compromisso de serem aplicados 1 bilião de dólares pela China e pelos bancos públicos dos países beneficiários.
Deste total, 80% virá do Banco ExIm, destinando-se à construção de auto-estradas transnacionais, linhas de caminhos-de-ferro e aeroportos e, de acordo com Zhao, 500 mil milhões podem ser aplicados no antigo projecto de ligação ferroviária do Cairo à Cidade do Cabo.
Para Robert I. Rotberg, professor da Paterson School of International Affairs da Carleton University (Otava, Canadá), os investimentos e apoio chinês em África vão tornar-se “ainda mais valiosos” nos próximos anos para a continuação do crescimento económico, com a expansão prevista da população africana, em países como a Nigéria ou a República Democrática do Congo.
“Felizmente, a China parece vocacionada para fortalecer a sua parceria com países chave em África (…) O investimento chinês pode ajudar o povo africano a continuar a atingir elevados níveis de vida e muito mais independência económica”, disse Rotberg em artigo na folha de informação China-US Focus, em análise ao encontro de Hong Kong.
Num sinal da importância dada às relações com África, o ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, escolheu o continente africano para a sua primeira visita em 2014, concluída a 11 de Janeiro, que incluiu Etiópia, Djibouti, Gana e Senegal.
“Também é a primeira visita realizada pelo ministro à África a sul do Saara após a tomada de posse da nova administração da China”, sublinhou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Qin Gang.
No final do ano passado, um novo acordo de cooperação económica e técnica Angola-China foi rubricado em Luanda pela secretária de Estado para a Cooperação, Ângela Bragança, e pelo embaixador da China em Angola, Gao Kexiang.
No âmbito do acordo, a China vai prestar uma ajuda não reembolsável ao governo angolano, no montante de 200 milhões de yuan, que será aplicado na reconstrução do Hospital Geral de Luanda.
Em declarações à imprensa, Ângela Bragança referiu que se trata de mais um passo para consolidar a parceria estratégica entre os dois países, enquanto o diplomata chinês garantiu que a assinatura deste acordo mostra o interesse de Pequim em continuar a participar no processo de desenvolvimento de Angola.
A China dispõe de reservas externas de cerca de 3,5 mil milhões de dólares, que podem ser aplicadas em investimentos directos em países africanos, empréstimos comerciais ou assistência financeira.
Entre os projectos a serem negociados inclui-se um “corredor aéreo” com a República Democrática do Congo, composto por uma ou mais companhias aéreas e uma rede de aeroportos regionais, que permitiria ao país ultrapassar as suas dificuldades em termos de transportes.
Segundo Rotberg, o Banco ExIm quer também virar-se para investimentos agrícolas, dada a grande disponibilidade de terras férteis disponíveis, contribuindo para alimentar o continente e também para criar uma indústria, cujo valor pode saltar dos actuais 280 mil milhões de dólares para 880 mil milhões nos próximos anos.
“Uma vez que a África a sul do Saara será a parte do mundo com mais rápido crescimento até 2100, qualquer coisa que a China possa fazer para ajudar o continente a ter melhores infra-estruturas, cultivar alimentos, electrificar as suas redes e obter água potável para consumo e irrigação, irá melhorar o bem-estar dos africanos e a prosperidade dos respectivos países”, refere o investigador. (macauhub)
Notícias relacionadas:
- Pequim lança fundo de investimento de mil milhões de dólares para África
- China vai continuar a apoiar o investimento em África
- China: Comércio com África deverá chegar aos 100 mil milhões de dólares antes de 2010
- Projectos económicos em Angola podem maximizar impacto de sistemas de transportes construídos pela China
- Financiamento pela China de infra-estruturas em África é vital para estimular crescimento económico – Banco Mundial