domingo, 2 de septiembre de 2018

Cahora Bassa em Moçambique opera abaixo da capacidade

Barragem de Cahora Bassa em Moçambique a operar abaixo da capacidade por falta de água

Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), empresa que explora a barragem de Cahora Bassa no rio Zambeze, em Tete, Moçambique, obteve um lucro de 7,2 mil milhões de meticais (cerca de 118 milhões de dólares) em 2017, apesar de aquela infra-estrutura não poder operar na sua plena capacidade devido ao baixo nível de água na albufeira escreve a Agência de nOtícias de Moçambique (AIM) 
Falando em Maputona reunião anual sobre o desempenho da HCB, Moisés Machava, director técnico da empresa, explicou que uma ‘seca cíclica’ registada em 2016 reduziu a quantidade de água na albufeira para 41,8 por cento da cota ideal.
Em Dezembro de 2016, a cota na albufeira de Cahora Bassa atingiu o mínimo de 312,22 metros, cifra que corresponde a 41,8 por cento, ou seja oito metros abaixo da curva guia. Este foi o menor nível registado desde a construção da barragem. 
Face às medidas de gestão da albufeira adoptadas pelo Conselho de Administração e dos níveis de precipitação acima da média registado em toda a extensão da bacia do Zambeze, o ano de 2017 foi marcado pela recuperação significativa da cota da albufeira em relação a 2016.
A administração do HCB concluiu que a cota não era suficiente para manter a barragem a operar a plena capacidade e, por isso, decidiu desactivar uma das cinco turbinas gigantes (com uma capacidade individual para gerar 415 megawatts). 
A HCB espera que a recuperação no nível do Zambeze continue ao longo de 2018, e que até o final do ano a cota atinja 320,12 metros. No entanto a empresa revelou que  pretende operar apenas quatro turbinas ao longo do ano.
A HCB gerou 13.778 gigawatts-hora de electricidade em 2017, uma quantidade superior a meta inicial de 12.906 gigawatts-hora, mas menor que a quantidade gerada nos quatro anos anteriores (que atingiu um pico de 16.978 gigawatts-hora em 2015).
A companhia de electricidade sul-africana Eskom é o maior cliente, com quase 71 por cento da energia vendida pela HCB. A empresa pública moçambicana Electricidade de Moçambique (EDM), absorve 24,5 por cento, e a companhia  do Zimbabwé  ZESA 4,7 por cento.
No total, a HCB pagou ao Estado moçambicano cerca de 130 milhões de dólares em 2017, na forma de impostos, taxas e dividendos.
As finanças da HCB foram aliviadas pelo pagamento antecipado da dívida que o governo moçambicano incorreu com um consórcio bancário franco-português quando comprou uma participação maioritária da HCB ao Estado português em 2007. 
O empréstimo de 700 milhões de dólares, que deveria ter sido amortizado com os lucros da HCB até Dezembro de 2017 – foi liquidado totalmente em Junho de 2016, ou seja 18 meses antes do prazo acordado entre as partes. (Macauhub)

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