Primeiros barcos para Ematum estão a caminho de Moçambique |
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Escrito por Adérito Caldeira em 15 Julho 2014 |
Segundo a agência France Press, estas cinco embarcações, de 23,50 metros cada uma, são as primeiras a serem entregues a EMATUM que também encomendou a mesma empresa a construção de 24 traineiras, três barcos-patrulha de 32 metros.
A fonte acrescente que embora a compra tenha sido acordada com a empresa francesa 16 destas embarcações serão construídas na Roménia, país onde recentemente a Força Aérea de Moçambique efectuou a modernização oito caças MiG-21 e um L-39 na empresa a Aerostar.
Entretanto continuam a não estar clara a aquisição destas embarcações devido ao processo de criação da EMATUM, que aparece como compradora em Setembro de 2013 quando, segundo o jornal "Canalmoz", a sua escritura aconteceu no dia 02 de Agosto de 2013.
São accionistas da EMATUM o IGEPE – Instituto de Gestão das Participações do Estado, a Emopesca – Empresa Moçambicana de Pesca e, a GIPS - Gestão de Investimentos, Participações e Serviços, Limitada - uma entidade unicamente participada pelos Serviços Sociais do Serviço de Informação e Segurança do Estado (oficialmente abreviado como SERSSE).
Avalizando esta operação o Governo de Armando Guebuza violou o tecto do valor que, por força da Lei Orçamental, possui como máximo para caso de garantia do Estado, que é de 6.4 milhões de euros. As dívidas contraídas pela EMATUM ultrapassam esse tecto em mais de cem vezes.
Recorde-se que no âmbito deste negócio, em jeito de avalista, o Chefe de Estado moçambicano, Armando Guebuza, visitou os estaleiros navais da CMN, a 30 de Setembro de 2013, acompanhado pelo seu homólogo francês, François Hollande.
Entretanto, o Primeiro-ministro, Alberto Vaquina, disse ao Parlamento que a criação da Empresa Moçambicana de Atum vem abrir espaço para que Moçambique comece a participar de forma activa no negócio do atum que até à data é feito largamente por países da União Europeia e pelo Japão.
Vaquina foi secundado pelo seu Ministro das Pescas, Victor Borges, que acrescentou que a contribuição da pesca do atum para a economia moçambicana é de pouco mais de um milhão de dólares americanos, uma contribuição marginal. Com a criação da EMATUM, o negócio pode gerar uma receita anual de 90 milhões de dólares, para além de que o uso dos portos nacionais e demais serviços pode produzir receitas entre 150 a 200 mil dólares por cada entrada de barco. “Igualmente, com a entrada em funcionamento da EMATUM, pode-se gerar mil e 500 empregos para os jovens moçambicanos, sem incluir os empregos indirectos gerados pela industrialização e comercialização do atum e outros empregos”, disse Borges ao Parlamento.
Aguarda-se com apreensão a Assembleia-Geral ordinária da EMATUM, prevista reunir-se no próximo dia 29 de Julho em Maputo, e que deverá deliberar sobre o plano e o Orçamento, eleger o Conselho Fiscal e fixar as remunerações para os órgãos sociais, até a data desconhecidos.
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